Devo usar uma correia no meu UKULELE?
A princípio nós, da Basso Straps, ficamos um pouco relutantes em desenvolver uma correia para ukulele por pensar (sem conhecimento de causa) que o instrumento não necessitaria de correia devido a seu tamanho.
Após muitos pedidos dos clientes partimos para o desenvolvimento e qual foi nossa surpresa em constatar que não só é um acessório esteticamente muito adequado a esse instrumento como também auxilia muito a tocabilidade, principalmente na posição em pé. Constatamos com diversos protótipos que o melhor resultado foi conseguido quando colocamos uma roldana no corpo do ukulele e prendemos a outra extremidade da correia no headstock do instrumento. Para que ficasse com o melhor resultado possível, desenvolvemos um acessório (Ref.: QR-V-2) que "amarra" uma tira com a correia através de um botão.
Confira o passo-a-passo de como colocar a correia Basso para ukulele em seu instrumento baixando nosso catálogo aqui
Veja o video em nosso canal do YouTube com os diversos modelos clicando AQUI.
História do UKULELE (Fonte – Wikipédia)
O ukulele tem sua origem no século XIX, tendo como ancestrais o braguinha ou machete e o rajão, instrumentos levados pelos madeirenses, nomeadamente João Fernandes, quando emigraram para o Havaí para trabalhar no cultivo da cana-de-açúcar naquelas ilhas.
No idioma havaiano, ʻukulele quer dizer, dentre as interpretações possíveis, “pulga saltitante”, por causa do movimento das mãos de quem toca o instrumento. Já na interpretação da rainha Liliʻuokalani, significa "presente que veio de muito longe", numa referência às origens do instrumento. Outra hipótese é que a palavra ʻukulele seja derivada de ʻūkēkē, um arco musical nativo do Havaí.
Além de ser utilizado na música tradicional havaiana, o ukulele foi bastante utilizado na música popular norteamericana. No pré-Segunda Guerra Mundial, foi utilizado por músicos de vaudeville como Roy Smeck e Cliff Edwards. Por ser portátil e relativamente barato, foi muito popular entre jovens músicos amadores durante a década de 1920, evidenciado pela impressão de diagramas de acorde para o instrumento nas partituras de música popular publicadas na época.
No pós-Guerra, Mario Maccaferri produziu em larga escala ukuleles de baixo custo feitos inteiramente de plástico. Muito da sua popularidade foi cultivada pelo apresentador de TV e cantor Arthur Godfrey. Tiny Tim também se tornou um ícone do ukulele ao se apresentar com “Tiptoe Through the Tulips”.
O interesse no ukulele caiu até meados dos anos 90, quando sua popularidade voltou a crescer. O conjunto Ukulele Orchestra of Great Britain, formado no final dos anos 80, faz versões de músicas pop no ukulele. O músico havaiano Israel Kamakawiwo’ole também ajudou a popularizar o instrumento, especialmente com seu pot-pourri de Over the Rainbow e What a wonderful world. George Harrison era um grande apreciador do ukulele, especialmente da sua variedade banjolele, e o utilizou nas gravações de algumas faixas do seu último disco, Brainwashed. Paul McCartney, que utilizou o ukulele na música Ram On, e hoje em seus shows homenageia George Harrison com uma performance de Something no seu Gibson tamanho tenor.
Um dos maiores virtuoses do ukulele foi o norteamericano John King (1953—2009), célebre por suas interpretações de obras de Johann Sebastian Bach (como a partita BWV 1006 completa) e pela aplicação da técnica de campanella. King também escreveu sobre a história do instrumento.
Atualidade
Destaca-se atualmente o ukulelista e compositor havaiano Jake Shimabukuro (nascido em Honolulu em 1976), que ficou famoso executando a composição de George Harrison intitulada "While My Guitar Gently Weeps". Shimabukuro publicou vários CDs, DVDs e livros, pelos quais recebeu numerosos prêmios.
Brasil
O ukulele tem alguma popularidade no Brasil hoje, sendo mais conhecido por causa do cantor Israel Kamakawiwo’ole e da banda Beirut. Alguns músicos e conjuntos brasileiros utilizaram o ukulele em suas músicas, como a cantora Marisa Monte, no disco Universo ao Meu Redor, o cantor Tiago Iorc, na música “It’s a Fluke” do cd Zeski, e a A Banda Mais Bonita da Cidade na música Oração. O músico James Hill fez alguns workshops no ano de 2012 no país. Também presente em quase todas as músicas da extinta banda TRI. Em 2016 aconteceu o primeiro grande festival e congresso online de ukulele – a Semana do Ukulele, idealizada pelo Mestre Vinícius Vivas (autor da primeira dissertação de Mestrado sobre ukulele no Brasil). O evento contou com 1200 inscritos e palestrantes de diversos estados.
Atualmente, tem-se como um dos propagadores do ukulele o músico João Tostes, criador do site Toca Ukulele, que posteriormente tornou-se um canal do Youtube. Em seu site, o músico disponibiliza inúmeras cifras, tablaturas e vídeos sobre teoria musical, entrevistas, unboxings, entre outros conteúdos. João Tostes atua como artista em Minas Gerais, onde reside, mas também fomenta a criação de vários grupos por todo o país, por intermédio de seu site e redes sociais, convocando outros músicos ou amadores que apreciem o "encantado instrumento das 4 cordinhas mágicas", como ele o caracteriza.
João Tostes também é o responsável pelo Encontro Nacional de Ukulele, que acontece na USP, em São Paulo, com duas edições já realizadas (2017 e 2018).
Detalhes técnicos
Construção
O ukulele normalmente é feito de madeira, entretanto existem alguns que são feitos inteiramente de plástico ou outros materiais. Os ukuleles mais baratos são feitos de madeira compensada laminada, sendo em alguns casos com o tampo feito de uma madeira superior maciça, como o abeto ou o mogno. Outros, mais caros, são feitos inteiramente de madeiras maciças, como mogno ou Koa.
Usualmente os ukuleles têm o formato tradicional de um violão. Também existem outros formatos diferentes, como o “pineapple” (abacaxi), inventado pela oficina havaiana Kamaka Ukulele. Existem também os Flea e Fluke, que têm o fundo de plástico e o tampo de madeira laminada. Também há o banjo-ukulele (ou banjolele), muito utilizado no Reino Unido por músicos como George Formby e Tessie O’Shea, que é um híbrido entre o banjo e o ukulele.
Tamanhos
Quatro tamanhos de ukulele são os mais comuns: soprano, concert, tenor e barítono. Existem também os menos comuns sopranino, com uma escala mais curta do que a do soprano e os ukuleles baixo, nos extremos do espectro.
O soprano, com a escala de 33 cm, também chamado de standard é o original e também mais tradicional. O concert, com escala de 38 cm, foi criado na década de 1920, como uma modificação do soprano, com um braço mais longo. O tenor, que tem a escala com comprimento de 43 cm, foi desenvolvido logo em seguida. O barítono, que tem a escala de 48 cm foi o último a ser inventado, na década de 1940.
O ukulele soprano possui 12 trastes, enquanto que os modelos maiores possuem 18 trastes.
Afinação
A afinação mais comum do ukulele soprano no seu auge na década de 20 era a em D6: (A4, D4, F#4, B4), mas hoje em dia a mais popular é a em C6 (G4, C4, E4, A4). Para os tamanhos concert e tenor a afinação mais usual também é a em C6. Uma característica do instrumento é a utilização da afinação reentrante, em que a quarta corda é mais aguda do que a terceira. No entanto, uma quarta corda grave pode ser utilizada (afinação linear). O ukulele barítono normalmente é afinado linearmente em DGBE, como as 4 cordas mais agudas de um violão. O ukulele tenor, na época de sua criação também tinha essa afinação como recomendada.
Como aprender
Existem diversas escolas de música espalhadas pelo país que ensinam ukulele. Isso tem se tornado comum, sendo fácil encontrar uma escola que dê aulas ou esteja interessada em começar uma turma para ensinar. Para aprender sozinho, já foi publicado no Brasil o livro "Ukulele para Leigos" que vem com um CD de áudio e explicações focadas em iniciantes e pode ser encontrado em livrarias online. Também é possível aprender gratuitamente através de canais do youtube em português como Ukulele Fácil para Todos, Toca Ukulele, ProAlex, Uke4Fun, Jô Pires, Quatro Cordas,Ukulele Fácil, Como Tocar Ukulele, e vários outros.
Grafia
A grafia exótica do nome do instrumento pode gerar confusões. Já foram registradas diversas variações, sendo a mais comum ukelele. Alguns dicionários de língua portuguesa registram uculele ou uquelele. A rigor, a palavra, na língua havaiana, é escrita ʻukulele, com a letra ʻokina (oclusiva glotal) no início. No entanto, na língua portuguesa, seguindo a grafia americana, na prática convencionou-se escrever sem.
Pronúncia
Na pronunciação na língua havaiana, a palavra é paroxítona, com /E/ abertos, ou seja: Ú-ku-LÉ-lé (AFI: ˈʔukuˈlɛlɛ, X-SAMPA: /"?uku"lElE/). No Brasil, costuma-se pronunciar ukulele como uma palavra oxítona, devido a analogia com palavras de origem africana, como maculelê, não relacionada ao instrumento.
Fonte: Wikipedia PT