Nascido na cidade de Passo Fundo em 1974, Tiago de Moura teve seu primeiro contato com a música ainda no berço, já que é filho de músico. Aos 7 anos já havia ganhado um violão de seu pai. No entanto, gostava mesmo era de percussão pois tinha o costume de “bater lata” o dia inteiro. Mais tarde, aos 16 anos, começou a se interessar pela guitarra. No início, sua influência era o trash metal e foi nesse estilo que montou sua primeira banda chamada Vogelgesang, precursora do estilo na região. Nesse mesmo período, Tiago começou a conhecer músicos da noite e compositores, que lhe trouxeram outras influências, como a MPB e o rock nacional dos anos 80. Foi a partir daí que elaborou um repertório com esses músicos e passou a atuar em barzinhos, tocando justamente esses estilos, mas mantendo, até então, apenas a intuição e a pegada que o metal lhe dera.
Aos 20 anos Tiago conheceu um guitarrista local chamado João Neto, que acabou dando uma guinada na forma como encarava a música e a guitarra. Passou a estudar seriamente as técnicas do instrumento e os elementos teóricos da música, o que o levou a entrar no curso de Música da Universidade de Passo Fundo e a participar de diversos cursos com músicos de renome como Pollaco (Guitarra, harmonia e improvisação), Alexandre Carvalho (Improvisação para todos os instrumentos), Julio Herrlein (Harmonia e improvisação), além de Edílson Ávila, Frank Solari, Sólon Fishbone, Mozart Mello e Joe Mograbi.
Assistiu também a workshops de inúmeros instrumentistas, como Edu Ardanuy, Juninho Afram, Kiko Loureiro, Sydnei Carvalho, André Martins, Dudu Trentin, Kreg Owens, Paul Gilbert, Rafael Bitencourt, Arismar do Espírito Santo, Tiago do Espírito Santo, Marcinho Eiras, Artur Maia, Michel Leme, entre outros.
Tocou em bandas de baile e bandas covers durante vários anos.
Desde 1997 Tiago vem publicando periodicamente suas gravações. A primeira foi uma fita demo, lançada nesse mesmo ano, contendo algumas composições próprias. Em seguida lançou mais dois CDs demo, que tiveram participações de importantes músicos como Guinha Ramires (violonista do Grupo Instrumental Dr. Cipó) e Alessandro Kramer (acordeonista do grupo Dr. Cipó e sideman de Yamandú Costa, Alegre Corrêa e outros instrumentistas brasileiros).
Depois de receber destaques em revistas especializadas como Cover Guitarra e Guitar Player, Tiago de Moura lançou em 2004 seu primeiro CD oficial, que lhe rendeu significativos comentários e resenhas meritórias por parte da crítica especializada. A partir daí, passou a receber convites para vários workshops.
Em 2007 Tiago de Moura lançou no mercado, pelo selo Café com Leite, o CD Menino, que considera o melhor disco de sua carreira. O disco contém composições próprias e também de grandes compositores, como Raul Boeira, Sandro Cartier, Tyaraju Moura e Welington Bonfim. Graças a esse disco, Tiago de Moura foi indicado como Melhor Instrumentista ao Troféu Açorianos de Música que é a premiação mais importante do cenário musical do Rio Grande do Sul.
Em 2009 lançou o CD Rain, que mostra seu amadurecimento artístico, promovendo a fusão de ritmos e fraseados brasileiros com as várias vertentes do rock instrumental, com temas melhor estruturados e com a participação de músicos e técnicos de renome.
O ano de 2010 veio recompensar Tiago de Moura pela sua dedicação. Participou do “Guitar Experience”, encontro que reuniou em Buenos Aires grandes guitarristas da América do Sul. Também foi destaque na edição de outubro da Revista Guitar Player Brasil”, na Seção Artistas/Pegada. E foi um dos vencedores do Projeto Rumos do Itaú Cultural, ao qual concoreram milhares de músicos de todo o país. Como prêmio, integrará uma banda formada por outros vencedores, que se reunirá em São Paulo com vistas a produzir um repertório que resultará em show no Itaú Cultural e gravação em áudio e vídeo do mesmo, além da criação de um programa de TV de 30 minutos, contendo os ensaios, entrevistas e partes do show.
Tiago de Moura vem intensificando suas apresentações, além de promover inúmeros workshops coletivos com importantes guitarristas tupiniquins. Seu nome já desponta como uma das grandes revelações da música instrumental do Brasil.